1967: Meia dúzia de discos que fizeram a trilha sonora do ano


 Não quero dizer que esta meia dúzia de álbuns lançados em 1967 tenham se constituídos nos melhores do ano. Outros discos lançados na mesma época poderiam muito bem fazer parte desta pequena coleção. Embora,hoje,os mais velhos consideram estes itens datados e em alguns momentos,e se tornando clichês para os mais novos que costumam comenta-los,como se mais nada de interessante tivesse existido na ocasião. Entretanto, não se pode negar o quanto eles de uma certa forma balançaram a indústria fonográfica e o rock and roll. Vou fazer um curto comentário sobre eles e tentar explanar a importância de cada um.

Forever Changes: LOVE

Na realidade o Love,era a banda do cantor e guitarrista Arthur Lee. Um cara tremendamente freak com a cuca cheia de LSD e ideias mirabolantes. Forever Changes é o terceiro álbum do grupo,que já havia lançado um LP homônimo em 1966 e o igualmente genial disco "De Capo",também em 1967. É um muito mais complexo que os anteriores. Em "Forever Changes" se ouve folk e psicodelia se misturarem com perfeição. Contudo,o LP levou algum tempo para ser compreendido,justamente por se tratar de uma obra revolucionária. Foi o último álbum com a formação original.

Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band: THE BEATLES

Já se comentou tanto desde disco!!Alguns comentários são ótimos,já outros.....Deixando os clichês de lado,era óbvio que os experimentos do fabfour desde Rubber Soul,desembocaria na obra deles mais intricada. Um dos clichês sobre Sgt.Petters,e que o disco foi o responsável pelo surgimento do psicodelismo.Os Mothers of Inventions,em 1966,lançaram Feak Out(um trabalho que poderia ter sido a influencia maior do movimento). Em compensação, Lennon,McCartiney e George Martin,deram vida num conjunto de composições e arranjos com sabor erudito e terceiro mundista se misturando ao pop. As peripécias do Sargento Pimenta,acabaram inventando os álbuns conceituais.

The Doors:THE DOORS

Uma das mais interessantes estreia da industria fonográfica norte-americana. O junkie,poeta e cantor Jim Morrison,adorava testar a paciência dos seus companheiros de banda e de seus fãs. As letras escritas por Jim,eram verdadeiras viagens lisérgicas e isto fica claro de imediato na faixa que apre o LP: "Break On Through(To The Other Side)". De uma certa maneira os Doors,graças ao guitarrista Robbie Krieger, e ao baterista John Densmore,introduziram uma temática jazzista e blueseira ao som do quarteto,compartilhada pelos teclado(bass pedal)de Ray Manzarek,enquanto Jim Morrison com sua bela voz,chamava a atenção escrevendo suas poesias falando de excessos e artificialidade(era admirador de Artur Rimbaud). A canção Light My Fire(pertencente somente a Krieger),estourou o disco.

The Piper at The Gates of Down: PINK FLOYD

Pra muitos o melhor disco do Pink Floyd.Um dos discos que definiu o psicodelismo britânico. Muitos não sabem,mas o título do LP,Syd Barrett,surrupiou de seu livro de cabeceira quando ainda era um garoto. Todo o desbunde psicodélico contido aqui,nasceu da incoerência mental de Barratt. As altas doses de LSD,de imediato se transformavam numa música avant-garde.

The Who Sell Out: THE WHO

Pete Townshand sempre foi um músico com ideias genias. Em The Who Sell Out,o guitarrista teimou em imitar uma emissora de rádio,traçando um verdadeiro mosaico entre o rock and roll e produtos de consumo variados. As faixas emendadas com Jingles e comerciais,provaram que a maneira convencional de se montar um repertório de um álbum faixa à faixa,ara algo que poderia a vir a ser substituído,o que acabou acontecendo com o LPs ditos conceituais. Mesmo não tendo vingado,a melodia do álbum e a perfeição instrumental da banda,contribuíram para que Pete Townshend,começasse a pensar em óperas rock.

The Velvet Undeground & Nico: VELVET UNDERGROUND

"O disco que todo mundo diz que tem mas duvido ouça por inteiro". Justamente por isso,"Valvet Underground & Nico",se tornou um dos álbuns mais clichês da geração atual de compradores de discos;E os motivos são vários. Em 1967 não era nada comum uma banda de rock and roll mencionar em suas letras,temas abordando drogas e sexo de uma maneira tão explícita. O Velvet Underground fez  isto já a partir deste seu álbum de estreia. Nico,era uma atriz Alemã e super amiga de "Wandy Warhol"(padrinho e produtor do V.U)entrou pra fazer número,porque os donos da bola eram mesmo,Lou Reed,John Cale,Sterling Morrion e Maureen Tucker. Nunca uma banda,havia emitido um certificado perfeito do que se traduziu em Pop-Art

Adevaldo Fonseca(Editor)

Nota: Os textos expressam as opiniões particulares do editor

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