REVISTA ROLLING STONE BRASILEIRA. A PRIMEIRA VERSÃO

Janis Joplin
Gal Costa

Aqueles com menos de 50 anos de idade que passam nos dias de hoje pelas bancas de jornais e deparam com aquela revista bem elaborada ostentando na capa verdadeiras celebridades não somente da música como tambem da televisão e da política,jamais imaginaria que no início dos anos setenta ela fêz parte da leitura cotidiana de rockeiros e intelectuais do nosso Brasil. Estamos falando da Rolling Stone  que nos seus áureos tempos era focada diretamente para a música. Tudo começou em 1971 com um Inglês residente no Rio de Janeiro conhecido como Mick Killingbeck que editava pela primeira vêz a versão brasileira dessa lendária revista. O jornalista underground Luiz Carlos Maciel era o editor chefe e Mick, proprietário de uma editora,se responsabilizava em pagar os royalties para a matriz Americana pelo uso do nome,da logomarca e do material jornalístico recebido com matérias dos artistas estrangeiros(exatamente o que chamamos hoje em dia de franquia). Maciel via como objetivo da revista,a introdução do rock'n'roll como fenômeno cultural em nosso pais e logo no primeiro mês após o lançamento da primeira edição,a remessa do material para o número seguinte foi bloqueada por falta de pagamento dos benditos royalties. Sem alternativa,Luiz Carlos Maciel,Mick Killingbeck e a turma de colaboradores,entre eles os iniciantes Ezequiel Neves e Ana Maria Bahiana,continuaram improvisando com material local e de fora, aproximadamente por mais de um ano veiculando e expondo a rolling stone brasileira nas bancas. Entre as capas mais famosas nessa época estavam as edições com Big Boy,Gal Costa,Caetano Veloso,John Lennon e Janis Joplin. Com pouco mais de trinta números editados quinzenalmente,o jornal,como gostava de se referir Luiz Carlos Maciel, não tinha mais como se sustentar,saindo de circulação em janeiro de 1972 para retornar décadas depois com um formato onde o foco principal está no comportamento,na política,nas fofocas televisivas e em muita propaganda;deixando pouquíssimo espaço pra música,principalmente o gênero que lhe fez por merecer o nome. Quem tiver algum número dessa época que guarde como se fosse um pote de ouro no final do arco-iris.
Adê Fonseca(Editor)

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