Com o final da
"Tormato Tour",os músicos aproveitaram para algumas semanas de descanso,exceto o guitarrista
Steve Howe,que aproveitou para lançar
"The Steve Howe Album",seu segundo trabalho sem o
Yes. Aguardaram por mais alguns dias e com as baterias refeitas partiram para a
França,mais precisamente
Paris e por lá se encontrar com o produtor
Roy Thomas Baker(um especialista com grupos mais pop). Tal parceria de
Roy com o
Yes,já era uma imposição antiga da gravadora
Atlantic. Squire,Howe e
White,pretendiam uma nova dinâmica para o som do
Yes. Queriam que a banda soasse pesada,sem que fosse preciso se transformar num bando de metaleiros barulhentos. ´Não estavam mais naquela de sinfônicos com arranjos mirabolantes transformados em suítes.
Jon Anderson e
Rick Wakeman,foram contra as Ideias dos outros três colegas. Após assistir alguns ensaios,ainda na capital da França,
Roy Thomas Baker percebeu que estava diante de uma clara divisão dentro do grupo e saiu fora. Por outro lado,
Jon Anderson,estava iniciando uma parceria com
Vangelis Papathanassiou e não demonstrava muito interesse em um novo disco do
Yes. Não bastava tudo isso,
Alan White,ainda sofreu um acidente fortuito quebrando o pé esquerdo. O
Yes trava novamente. Existem algumas informações que relatam a exigência de
Jon Anderson em querer ganhar mais do que os outros músicos e que tenha sido esta,além das divergências musicais o real motivo para o vocalista deixar o
Yes pela primeira vez. O certo que logo depois da desistência de
Jon Anderson,Rick Wakeman também seguiu seus passos alegando que o
Yes não iria à lugar nenhum sem o seu cantor original. Já de retorno à
Londres,o trio remanescente aluga o
Townhouse Estúdio,e começam a gravar demos das novas composições(as mesmas que foram rejeitadas por
Anderson e
Wakeman)com
Chris Squire fazendo o vocal guia e os teclados. O baixista até pensou seriamente em manter o
Yes no formato Power Trio. Porém,quis o destino que numa dessas sessões de gravação,
Squire,Howe e
White,ouviram dois caras gravando na sala ao lado da qual eles estavam e ficaram impressionados com o timbre de voz de quem estava cantando: Era a dupla
pop/new wave "The Buggles",formada pelo vocalista,baixista e guitarrista
Trevor Horn e pelo tecladista virtuoso
Geoff Downes. Logo no primeiro ensaio entre os cinco,
Chris Squire chegou a conclusão que estava diante dos substitutos perfeitos de
Jon Anderson e
Rick Wakeman. Agora era somente dá sequência na realização do novo disco,aprimorando as gravações que eles já vinham registrando como um trio. Entre o
Townhouse e o
SARM East Studios,o Yes registrou praticamente todas as sessões. No entendo os músicos também utilizaram o
RAK Studios(Londres),para registrar as guitarras e parte dos teclados de
Geoff Downes. Trabalhos de estúdios concluídos,as faixas escolhidas para o álbum,já decididas,então, no dia
18 de Agosto de 1980,a
Atlantic Records,solta o LP com o título
"Drama"(até hoje não vi ou ouvi nenhum integrante ou ex integrante do Yes explicar o nome do disco). Logo de imediato um single pra tocar nas rádios com as faixas
"Into The Lens"(Regravada posteriormente também pelos
Buggles com o nome de
"I'm Camera") contida no lado "A",enquanto que o lado "B" do compacto traz a faixa "Does It Really Happen?". Mais um avulso 7' polegadas é lançado em Janeiro de
1981,trazendo no lado "A" a música
"Run Through The Light". Outras excelentes faixas compõem "Drama":
"Tempus Fugit","Machine Messiah" e "White Car". O mestre do surrealismo
Roger Dean,reassume o trabalho gráfico e constrói uma das mais belas capas feitas para os discos do
Yes. "Drama" continua no topo do catálogo da banda,por ser um trabalho que soa diferente dos demais justamente pelas ausências de
Jon Anderson e Rick Wakeman. Foi um álbum revigorado depois de tudo que eles vinham enfrentando no final da década de setenta. Aqui tudo tem frescor.
Trevor Horn e Geoff Downes,deram vida nova á um grupo de músicos que já parecia cansado.
"Machine Messiah" e "Into The Lens",trazem
Steve Howe num de seus mais sublimes momentos.
"Drama" ,teve uma digressão curtíssima com início no dia
29 de Agosto de 1980,onze dias após o lançamento do LP. O final da excursão se realizou no dia
18 de Dezembro do mesmo ano. As apresentações começaram pelo verão
norte-americano,incluindo novamente o
Canadá com shows em
Ontario e mais uma vez tocaram em
Quebeq. Entretanto o grande momento desta turnê foram as três noites em que o Yes tocou no
Madson Square Garden em
Nova Iorque com o local completamente lotado. Estes shows aconteceram nos dias
04/05 e 06 de Setembro de 1980. O ex semanário Britânico
"Melody Maker",numa de suas edições naquele momento destacou os shows em
Nova Iorque,com a seguinte manchete de capa(foto na ilustração):
"NEW YES CONQUER NEW YORK". Após o sucesso americano da turnê,o
Yes retorna à base para cumprir algumas poucas datas pelo Reino Unido,incluindo
Bristol,Oxford,Birmingham e
Deside. Londres não viu o
Yes do disco
"Drama" em ação nos palcos. No set list destas apresentações eram incluídas cinco canções do novo álbum:
" Does It Really Happen","Into The Lens","Have We Really Got To Go Through This"(esta não entrou no LP e demonstra claramente a ideia que eles tinham para um novíssimo som ),
"Tempus Fugit" e "Machine Messiah",completadas com
"Yours Is No Disgrace","And You And I",Parallels","We Can Fly From Here","Starship Trooper" e "Roundabout". Tanto
Steve Howe,quanto
Chris Squire,executavam seus temas solos,
"The Clap" e
"Amazing Grace/White and Fish",respectivamente. Sabem os shows realizados no
Madson Squere Garden que mencionei antes?então...este
bootleg,traz o último deles na sua totalidade realizado no dia
06 de Setembro de 1980. A qualidade de áudio é excelente o que nos possibilita ouvir o
Yes dos anos oitenta numa performance exuberante com o vocalista
Trevor Horn conduzindo perfeitamente-embora ele se esforçasse o máximo para isso-os clássicos da banda imortalizados na voz de
Jon Anderson. Formação do Yes na ocasião: Trevor Horn(Vocal Solo,Pandeirola,Violão),Steve Howe(Guitarra,Violão,Guitarra Steel,Vocal de Apoio),Chris Squire(Contrabaixo,Vocal de Apoio),Geoff Downes(Teclados) e Alan White(Bateria e Percussão). Próximo capítulo : Três anos se passaram até que Jon Anderson Resolvesse fazer as pazes com Chris Squire e surgirem com mais uma formação diferente do YES no disco e na turnê 90125.Adê Fonseca(Editor)
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