Bootleg: YES IN TOKYO 1973/CD duplo com áudio extraído da placa de som(Soundboard). Referente a turnê do álbum "Close to The Edge"(1972)


 "Close To The Edge" foi lançado em 13 de Setembro de 1971.  As gravações no Advision Studios(Londres),aconteceram entre os meses de Fevereiro e Junho,lógico que,aproveitando os intervalos da excursão anterior que coube ao LP "Fragile".  A ideia e todo o conceito de "Close To The Edge",partiu do vocalista Jon Anderson,que naquela ocasião pesquisava a fundo sobre a filosofia budista.  Anderson,criou belas canções,com temas que buscam a libertação através de uma interconexão. Algo que somente o vocalista sentia naquela ocasião. Tal ideia foi compartilhada com todos os outros colegas de banda que junto com Jon Anderson,deram vida a um dos mais fantásticos álbuns conceituais da história. Porém,durante as gravações começaram as indiferenças entre os músicos. Chis Squire,não olhava com bons olhos a guitarra semi-acústica 175 modelo Jazz,de Steve Howe,embora reconhecesse depois a importância do timbre do instrumento no resultado final do álbum. Enquanto que,Rick Wakeman,dava ênfase ao  Mellotron criando sons que imitavam um coral. Bill Bruford,já dava um sinal do que faria fora do Yes,quando optou muito tempo depois pelo Jazz Fusion. Enquanto isso,Chirs Squire,deixava a todos irritados com sua lentidão. Certa vez Bill Bruford,chegou a declarar que,Squire,era o único que atrasava para os ensaios,gravações e até alguns shows da banda. Certa vez,Bruford,gravou alguns takes durante as sessões de"Close To The Edge" e cansado,acabou adormecendo num sofá no interior do  Advision Studios,enquanto Chris Squire explanava suas ideias e mostrava sua pedaleira. Bruford,acordou uma hora depois e o baixista ainda estava falando sobre como equalizar o seu contrabaixo. Squire,era muito perfeccionista. "Close To Tge Edge",foi registrado num ambiente democrático,entretanto,bastante torturador para o baterista Bill Bruford: "A gente passava horas definindo compassos e acordes até chegarmos ao consenso. Eu não tinha muitas opções para improvisar(embora fizesse do meu jeito nos nossos concertos) e isto me deixava furioso!". Bruford,deixou o Yes um pouco antes do lançamento de "Close To The Edge" e foi para o King Crimson,após um convite do percussionista Jamie Muir,de quem Bruford se tornou amigo e aluno de percussão.(somos acostumados a ver Bill Bruford com um set imenso de percussão durante sua passagem pelo King Crimson. Algo que não se via no Yes). Allan White que havia tocado com John Lennon na Plastic Ono Band e gravou uma das mais genias baterias do rock and roll contida na música "Instant Karma",assume a bateria do Yes,indicado pelo produtor e engenheiro de som Eddie Offord. Na ocasião do recrutamento,Alan White estava tocando com Joe Cocker. O baterista levou exatos dois dias consecutivos para decorar todas as músicas que entraram no set list das apresentações na nova turnê cobrindo justamente "Close To The Edge",que tivera início dia 30 de Julho de 1972,dois meses antes do lançamento oficial do disco. A conquista na América do Norte,rendeu ao Yes uma extensa e bem sucedida digressão americana. Certa vez Chis Squire e Jon Anderson,foram questionados numa entrevista,a respeito da contratação de Allan White,já que ele e Bill Bruford possuem estilos diferentes. No que Anderson,Respondeu: "Eu e Chris,adoramos os Beatles".  "Close To The Edge",chegou como uma obra inovadora do Yes,a faixa título ocupa todo o lado "A". No lado "B",a longa suíte de "And You And I" e a síncope de "Siberian Kathru". Foi também neste disco que o logo definitivo do Yes,aparece pela primeira vez,sobre um fundo verde com o nome do álbum em letras na cor  azul. Junto com as fotografias dos músicos na contracapa,e pela primeira vez também,a gente via o rosto do mago Eddie Offord.  A turnê que durou nove meses,passou pela Europa,EUA e Japão. Na Inglaterra,o LP chegou ao quarto lugar;na Billboard,ficou entre os três primeiros. Na Holanda chegou ao topo. A  Atlantic Records,criou uma estratégia para promover o disco nas rádios americanas. Distribuiu entre elas,cópias de EPs com trechos diferentes da faixa título do disco(originalmente ela tem um pouco mais de 18 minutos). Hoje estes Ep's são disputados entre os colecionadores de álbuns do YES. Nesta gig,Rick Wakeman,durante seu solo de teclados,anunciado antes por Jon Anderson("Mr.Rick Wakeman on The Keyboards")executa trechos de seu primeiro álbum solo "The Six Waves Of Henry VIII",o qual somente viria a ser lançado em Fevereiro de 1973. O Yes,havia conquistado o mundo. Set List da turnê: "Siberian Kathru",I've Seen Good People","Haert Of The Sunrise","Mood For a Day"(Steve Howe Solo),"The Clap"(Steve Howe Solo),"And You and I","Close To The Edge","Rick Wakeman Improvisation"(Rick Wakeman Solo),"Roundabout","Yours Is No Disgrace","Starship Trooper".  O pirata "Yes In Tokyo",captura o grupo se apresentando "Koseinenkin Kaikan no dia 08 de Março de 1973,sendo uma das últimas apresentações do Yes,cumprindo datas da "World Tour" referente a "Close To The Edge". Formação: Chris Squire(contrabaixo,vocal de apoio),Steve Howe(guitarras elétrica e acústica e vocal de aopio),Jon Anderson(voval solo e pendeirola),Rick Wakeman(teclados) e Alan White(bateria). Próximo capítulo: o disco e turnê de "Tales From Topographic Oceans",outra ousada ideia de Jon Anderson,não aprovada por Rick Wakeman.

Nota: Os problemas de garganta de Jon Anderson,vieram a ser conhecidos da maioria dos fãs do Yes,somente há alguns anos atrás. No entanto,Anderson,já sofre da garganta há tempos. Tanto que nas turnês de inverno durante os anos setenta,o cantor consumia uma dúzia de caixas de "supositórios" para combater as dores de garganta.

Adê Fonseca(Editor)

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