LENDAS DO ROCK: Focus 1970 - 1977(Do Erudito ao Pop)

O Focus no estúdio
A história dos Holandeses do Focus,tem início em 1969 quando o tecladista e flautista Thijs Van Leer então com 20 anos,colando grau no conservatório de Amsterdan como pianista clássico e arranjador. O jovem rapaz ainda se especializaria em Instrumentos de sopro,orgão e música renascentista,estudando com o renomado maestro e patrício Anthony Van Der Horst. Com todos esse predicados,Thijs Van Leer queria mesmo era formar um grupo de rock semelhante ao Inglês Traffic do organista Steve Winwood. Foi com essa ideia fixa que ele se uniu aos colegas de conservatório Martin Dresden(baixista) e Hans Cleuver(baterista). Os três não conseguiram o objetivo,mas ganharam um convite para tocar como banda de apoio na versão holandesa do musical Hair. Já contando com a colaboração de Jan Akkerman(guitarrista,violonista,e um exímio tocador de alaúde)formado na Liceu Music University de Amsterdan,eles ganham um convite para a gravação do primeiro LP: In And Out Of Focus(1970). Devidamente alcunhados de Focus, eles aproveitam ao máximo o crescimento da popularidade na Holanda,graças ao avulso "House Of The King",canção instrumental à conseguir um grande feito,alcançando o top ten das paradas.Como o sucesso do disco de estreia não chegou a estourar em Londres e nem nos Estados Unidos,o guitarrista Jan Akkerman abandona a turma indo tocar num projeto que contava com o batera Pierre Van der Linden e o contrabaixista Cyril Haverman. Quando Thijs Van Leer percebeu que levaria a pior,decidiu fazer companhia à Akkerman,Cyril,e Pierre, mantendo o nome Focus. Esse line up lança em Moving Waves(1971),mostrando um grupo intrincado,melódico e erudito."Eruption",uma suite rock de 23 minutos dedicada  a lenda de Orfeu(o filho da música na mitologia grega),ocupa todo o lado (B) do álbum,e é aclamada pela crítica que a considerou uma obra prima com Pierre Van Der Linden sendo o responsável em 90% por esse tema,ele que já havia integrado a orquestra de ópera da capital da Holanda. Contudo,o grande hit do Lp sem dúvida foi "Hocus Pocus",com Van Leer cantarolando a música em Yodel(tradicional gênero musical dos Alpes). 1972 foi um grande momento para o Focus,turnês pela Europa,EUA,shows sempre lotados,paparicação dos críticos:"Eles nem precisam gravar nada em estúdios,pois são absolutamente perfeitos",estampou em primeira página o lendário Melody Maker. Com essa onda toda,eles aproveitam e lançam o excelente duplo Focus III(1972),trazendo o hit "Sylvia" que acampa em primeiro lugar por várias semanas nos charts Ingleses e Norte Americanos. Nesse novo trabalho,a banda já contava com um novo integrante,o baixista Bert Ruiter que entrara no posto de Cyril Haverman. A entrada do adiposo Ruiter,gerou um certo desconforto dentro do grupo. O baixista sempre foi mais ligado ao rock 'n' roll,escolado em Jack Bruce o que acabaria influenciando Thijs Van Leer e Jan Akkerman. Quém não gostou nada disso foi Pierre Van Der Linden e para que as coisas não ficasse insuportaveis,a gravadora resolve colocar no mercado um Live chamado: Focus At The Rainbow(1973),registrando momentos memoráveis das apresentações no Rainbow Theater em Londres. Em 1974,Pierre Van der Linden não aguenta mais as ideias de Bert Ruiter e pede seu desligamento do Focus,saindo para formar outra excelente banda o "Trace",ao lado do irmão mais velho Rick Van Der Linden(ex Ekseption). Mike Vernon empresário do Focus desde 1972,aparece com uma lista de grandes bateristas,entre eles:Mitch Mitchell e Aynsley Dunbar,quém leva a vaga é Collin Allen(ex John Mayall e Stone The Crows). Com baterista novo,o focus coloca no mercado Hamburger Concerto(1974),embora o Lp siga a linha dos anteriores,Bert Ruiter se sobrepõe com frases de contrabaixo cheias de grooves. Com Mother Focus(1975)eles se rendem por completo às tentações de Ruiter aderindo ao Rhythm & Blues com pegadas ligeiramente funkeadas em canções com no máximo três minutos e alguns poucos segundos:"I Need A Bathroom" por exemplo. Collin Allen havia abandonado à todos no decorrer da gravação de Mother Focus,obrigando Akkerman e Van Leer convocarem de imediato David Kemper. Em 1976 a Polydor aproveita a maré braba e lança a compilação Ship Of Memories,contendo sobras de estúdios e versões alternativas para algumas músicas. No ano seguinte já sem a presença de Jan Akkerman,o Focus esbandalha de vêz lançando o fraquíssimo Focus Con Proby(1977),contando com o veterano cantor Norte Americano P.J.Proby-definitivamente o Focus não era mais uma banda instrumental,tinha um crooner de verdade. Estavam também presentes nesse álbum:Phillip Catherine(guitarra),e Steve Smith(Journey,na bateria) além é claro de Thijs Van Leer e Bert Ruiter. O focus trocava o erudito pelo pop. Em 1978 eles encerraram a carreira, com um retorno em 2002,estando ainda em franca atividade,tendo lançado este ano,um disco com o título de X. O bom em tudo isso,é que eles retomaram às velhas viagens progressistas.e que continuem dessa forma.


Discos Selecionados:

Moving Waves(1971/Polydor)
Focus 3(1972/Polydor)
Focus At The Rainbow(1973/Polydor-Ao Vivo)
Hamburger Concerto(1974/Polydor)
Ship Of Memories(1976/EMI-Compilação)

Nota: O Focus foi uma das pouquíssimas bandas instrumentais a emplacar canções do gênero nas paradas.Fato esse comparado somente aos conjuntos The Shadows e The Ventures.



Formação atual do focus:

Thijs Van Leers:Key's,Flute
Pierre Van Der Linden: Drums
Menno Gootjes: Guitar
Bobby Jacobs: Bass

Formação Clássica:

Thujs Van Leer: Key's,Flute
Jan Akkerman: Guitar,Alaúde
Bert Ruiter:Bass
Perre Van Der Linden: Drums

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LENDAS DO ROCK: FOGHAT

A verdadeira história da parte instrumental que completa uma das canções mais famosas de Eric Clapton: "Layla"

O Dia em que a música morreu